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Dúvidas Frequentes: Distúrbio do Pânico

 

Sintomas:

Os sintomas de uma crise de pânico aparecem subitamente sem nenhuma causa aparente, podem incluir:

- Palpitações (o coração dispara)

- Dores no peito

- Tontura, atordoamento, náusea.

- Dificuldade para respirar

- Sensação de formigamento ou fraqueza nas mãos

- Calafrios ou ondas de calor

- Sensação de estar sonhando ou distorções da percepção da realidade.

- Terror - sensação de que algo inimaginável horrível esta prestes a acontecer, e de que se está impotente para evitar tal acontecimento.

- Medo de perder o controle e fazer algo embaraçoso

- Medo de morrer

Uma crise de pânico dura caracteristicamente vários minutos e é uma das situações mais angustiantes que podem ocorrer a alguém. Quando alguém tem crises repetidas ou se sente muito ansioso, com medo de ter outra crise, diz-se que tem distúrbio do pânico.

Distúrbio do pânico é um problema sério de saúde. Pelo menos 1,6% dos adultos (dados da população americana) terá distúrbio do pânico alguma vez na vida. Este distúrbio é nitidamente diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises súbitas, sem fatores desencadeantes aparentes, e, frequentemente incapacitantes.

Depois de ter uma crise de pânico, por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador, a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente o nível de ansiedade e o medo de uma nova crise podem atingir proporções tais,que a pessoa com distúrbio do pânico pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo por o pé fora de casa. Neste estágio, diz-se que a pessoa tem distúrbio do pânico ou agorafobia.Desta forma,o distúrbio do pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana de uma pessoa como outras doenças mais graves, a menos que ela receba um tratamento eficaz.

O distúrbio do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Por causa de seus sintomas desagradáveis, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave.

Frequentemente as pessoas procuram um pronto socorro quando tem a crise de pânico e podem passar desnecessariamente por extensos exames médicos para excluir outras doenças.

Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo. Mas estas tentativas podem as vezes piorar as dificuldades do paciente:se o médico usar expressões como "não é nada grave" é um problema de "cabeça", não há nada para se preocupar,isso pode produzir uma impressão incorreta,de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário.

Há uma variedade de tratamentos, inclusive diversos medicamentos e tipos de psicoterapia. Frequentemente, a associação de psicoterapia e medicamentos produz bons resultados. A melhora, em geral, ocorre em pouco tempo, cerca de 6 a 8 semanas.

Adicionalmente, pessoas com distúrbio do pânico podem necessitar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão tem sido frequentemente relacionada ao distúrbio do pânico,assim como o alcoolismo e a dependência de drogas.

Se o distúrbio não for tratado, tende a continuar por meses ou anos. Embora caracteristicamente, ele se inicie ao começo da vida adulta, em algumas pessoas, podem aparecer antes ou depois desse período. Se não forem tratados podem se agravar, e a vida do paciente ser prejudicada, pelas crises de pânico ou pelas tentativas de evitá-las ou ocultá-las. Muitas pessoas tem problemas com amigos, família, perdem o emprego enquanto lutam contra o distúrbio do pânico. Pode haver períodos de melhora espontânea do distúrbio, mas em geral, ele não desaparece, a menos que a pessoa receba um tratamento específico.

Frequentemente, as primeiras crises são desencadeadas por doenças físicas, numa situação de stress, acentuando, ou até mesmo por medicamentos que aumentam a atividade da região do cérebro envolvida em reações de medo.

Referência: Sociedade Brasileira de Psiquiatria Clinica

 

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